A verdade no espelho.

Às vezes é possível sentir o sangue correndo por entre as veias. E ela sentia agora,mas não era dela. Havia sangue em todos os lugares, nas roupas, no chão. E havia sangue nela.Dana queria gritar,ela estava desesperada,mas a voz não saia,apenas gotas salgadas escapavam de seus olhos azuis.Ela se sentia perdida sem ao menos sair do lugar.Porque ali,naquele cômodo agora sem vida,sem o ar cômico do riso,estava ele em cima de uma poça vermelha e fria de sangue.Seu mundo havia desaparecido por entre seus pés.Dana se virou,e no reflexo do espelho viu sua própria imagem.Era estranho,porque ela estava se vendo por seus próprios olhos,e em suas mãos estava um calibre 38 faltando uma única bala.E essa bala fazia a perfeita combinação com a que estava cravada no peito dele.Ela não se lembrava de muita coisa,apenas de distantes e fracos gritos.E de repente um medo tomou conta de seu corpo.E ela se apavorava ao lembrar daqueles gritos,era castigada a ter este momento na memória para sempre.Porque ela estava em frente de seu pior pesadelo,e assim fez o que mais temia.Apertou o gélido gatilho,e parou um coração que não lhe pertencia.

obs: Para a 2ª Edição histórias do Golden Words.